3 de julho de 2007

A dança dos treinadores!!

Como sabemos, no mundo do futebol quando os resultados não aparecem ou não são aqueles que a direcção e principalmente os adeptos desejam, o quem sofre as consequências é o elo mais fraco que neste caso é o treinador. Pois é muito mais fácil despedir um treinador do que despedir 20 jogadores.
Vou aqui relatar a minha experiência vivida como jogador ao longo da minha carreira, deste fenómeno que se chama de "chicotada psicológica".
Já tive várias destas experiências, mas vou-vos falar da mais recente que aconteceu na época que acabou de terminar.
Começamos a época sob o comando do mister Luís Miguel, um homem que me merece o maior respeito (apesar de não concordar com algumas das opções que tomou ao longo do tempo que me treinou), e nós até começamos bem a pré-época e a época: ficamos em 2º lugar no torneio da Feira, vencemos o Lourosa (um dérbi sempre muito quente) e depois mergulhamos numa onda de derrotas que durou até ao dia 5 de Novembro, dia da derrota por 3-1 em Fiães que ditou o afastamento de Luís Miguel.
Uma mudança de treinador tem 50% de hipóteses de resultar e também pode só resultar para alguns jogadores que naquelas semanas a seguir à mudança de treinador querem mostrar que podem jogar, mas mal o treinador toma as suas opções voltam ao que eram, ou seja, não trabalham e depois dizem que o treinador é injusto (algo que eu disse muitas vezes com o Luís Miguel, mas porque eu sabia que trabalhava muito mais do que os outros). E devo dizer que para mim, como jogador, esta mudança foi muito benéfica. Pedro Martins é um treinador que sabe como tratar os jogadores, como cativá-los e, falo por mim, eu seria capaz de dar a vida por aquele treinador, pois ele defendia-nos até à morte; com ele nós éramos os maiores, podíamos sair daquela situação difícil que nos encontrávamos. E apesar de não ser convocado há dois jogos, Pedro Martins convocou-me para o primeiro jogo dele e que melhor resposta podia dar à confiança que me deu do que ser decisivo na vitória sobre o Portossantense?! Pedro Martins colocou-me a jogar de uma forma como eu só tinha jogado quando estava no Covilhã: um jogador confiante, atrevido e, acima de tudo, sem medo de errar, pois tinha um treinador que acreditava incondicionalmente em mim. A partir daquele dia, senti que com aquele treinador poderíamos ir longe, mas como éramos uma equipa muito jovem, as nossas exibições alternavam as muito boas (com o infesta, esmoriz, marco) com as horríveis (com o machico, camacha, união da madeira). E foi por causa desta irregularidades nas exibições (aliadas a outros factores que falarei depois mais detalhadamente como os ordenados em atraso, os insultos do presidente, etc) que após o jogo com o Fiães (que coincidência!!), Pedro Martins demitiu-se.
Para o seu lugar, a direcção escolheu um treinador de nome José Carlos Afonso que como homem não tive tempo de o conhecer, mas como treinador parou no tempo. o que quero dizer com isto é que não sabia motivar a equipa, os treinos eram muito monótonos e a equipa cansou-se muito cedo, ou seja, a 5 semanas do fim do campeonato, nós rezávamos para que chegasse depressa o dia 6 de Maio (último jogo). Foi um completo erro da direcção ter contratado um trinador para fazer os últimos 6 jogos quando tinha na equipa técnica um treinador tanto ou mais capaz para desempenhar essa função que era o caso do Luís Pinto, que por acaso (será?!) é o treinador do União de Lamas para a próxima época.
Espero que vos tenha esclarecido.
Qualquer dúvida, é favor de a mandarem!!
Um abraço.

2 comentários:

FMBP disse...

podemos um dia postar algo acerca da chicotada psicologica vs chicotada metodologica!gostei do post

berg_kamp disse...

eu como praticante desta modalidade durante 10 anos no escalão de formação do SC Espinho, nunca sofri uma chicotada psicológica, mas confesso que sofri várias chicotadas metodológicas e acreditem que isto n é nada bom, nem para nós cm jogadores individualmente, nem para a equipa
falando agora da situação do kaká, como é que uma equipa quer ter bons resultados se em um ano tem 3 treinadores diferentes, com certeza com ideias e processos metodológicos completamente diferentes? abraço

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