A dança dos treinadores!!
Como sabemos, no mundo do futebol quando os resultados não aparecem ou não são aqueles que a direcção e principalmente os adeptos desejam, o quem sofre as consequências é o elo mais fraco que neste caso é o treinador. Pois é muito mais fácil despedir um treinador do que despedir 20 jogadores.
Vou aqui relatar a minha experiência vivida como jogador ao longo da minha carreira, deste fenómeno que se chama de "chicotada psicológica".
Já tive várias destas experiências, mas vou-vos falar da mais recente que aconteceu na época que acabou de terminar.
Começamos a época sob o comando do mister Luís Miguel, um homem que me merece o maior respeito (apesar de não concordar com algumas das opções que tomou ao longo do tempo que me treinou), e nós até começamos bem a pré-época e a época: ficamos em 2º lugar no torneio da Feira, vencemos o Lourosa (um dérbi sempre muito quente) e depois mergulhamos numa onda de derrotas que durou até ao dia 5 de Novembro, dia da derrota por 3-1 em Fiães que ditou o afastamento de Luís Miguel.
Uma mudança de treinador tem 50% de hipóteses de resultar e também pode só resultar para alguns jogadores que naquelas semanas a seguir à mudança de treinador querem mostrar que podem jogar, mas mal o treinador toma as suas opções voltam ao que eram, ou seja, não trabalham e depois dizem que o treinador é injusto (algo que eu disse muitas vezes com o Luís Miguel, mas porque eu sabia que trabalhava muito mais do que os outros). E devo dizer que para mim, como jogador, esta mudança foi muito benéfica. Pedro Martins é um treinador que sabe como tratar os jogadores, como cativá-los e, falo por mim, eu seria capaz de dar a vida por aquele treinador, pois ele defendia-nos até à morte; com ele nós éramos os maiores, podíamos sair daquela situação difícil que nos encontrávamos. E apesar de não ser convocado há dois jogos, Pedro Martins convocou-me para o primeiro jogo dele e que melhor resposta podia dar à confiança que me deu do que ser decisivo na vitória sobre o Portossantense?! Pedro Martins colocou-me a jogar de uma forma como eu só tinha jogado quando estava no Covilhã: um jogador confiante, atrevido e, acima de tudo, sem medo de errar, pois tinha um treinador que acreditava incondicionalmente em mim. A partir daquele dia, senti que com aquele treinador poderíamos ir longe, mas como éramos uma equipa muito jovem, as nossas exibições alternavam as muito boas (com o infesta, esmoriz, marco) com as horríveis (com o machico, camacha, união da madeira). E foi por causa desta irregularidades nas exibições (aliadas a outros factores que falarei depois mais detalhadamente como os ordenados em atraso, os insultos do presidente, etc) que após o jogo com o Fiães (que coincidência!!), Pedro Martins demitiu-se.
Para o seu lugar, a direcção escolheu um treinador de nome José Carlos Afonso que como homem não tive tempo de o conhecer, mas como treinador parou no tempo. o que quero dizer com isto é que não sabia motivar a equipa, os treinos eram muito monótonos e a equipa cansou-se muito cedo, ou seja, a 5 semanas do fim do campeonato, nós rezávamos para que chegasse depressa o dia 6 de Maio (último jogo). Foi um completo erro da direcção ter contratado um trinador para fazer os últimos 6 jogos quando tinha na equipa técnica um treinador tanto ou mais capaz para desempenhar essa função que era o caso do Luís Pinto, que por acaso (será?!) é o treinador do União de Lamas para a próxima época.
Espero que vos tenha esclarecido.
Qualquer dúvida, é favor de a mandarem!!
Um abraço.
2 comentários:
podemos um dia postar algo acerca da chicotada psicologica vs chicotada metodologica!gostei do post
eu como praticante desta modalidade durante 10 anos no escalão de formação do SC Espinho, nunca sofri uma chicotada psicológica, mas confesso que sofri várias chicotadas metodológicas e acreditem que isto n é nada bom, nem para nós cm jogadores individualmente, nem para a equipa
falando agora da situação do kaká, como é que uma equipa quer ter bons resultados se em um ano tem 3 treinadores diferentes, com certeza com ideias e processos metodológicos completamente diferentes? abraço
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