24 de setembro de 2007

É a diferença


Embora este não seja um texto propriamente dirigido ao desporto, diz respeito ao futebol enquanto uma modalidade institucionalizada.
Já lá vão dois anos que acompanho regularmente o Sp. Espinho devido às minhas funções e como é normal já visitei inúmeros estádios ou complexos desportivos devido a isso. E há uma coisa que me deixa revoltado. Quando me desloco com os meus colegas aos jogos, não nos é estendida nenhuma passadeira vermelha, mas somos sempre bem recebidos, não havendo nunca problemas. Com alguns dias de antecedência envio um fax ao clube da casa a solicitar a minha entrada. Quando chego lá, mostro o fax e ouço sempre um “Bem-vindo, qualquer coisa é só pedir”. Desloco-me as cabines de imprensa e de pronto me facultam as constituições das equipas, uma garrafita de água e trocamos algumas informações. E o grande problema é este. Quando vou ao velhinho Comendador, primeiro tenho de andar quase à porrada com os porteiros devido às credenciais e em segundo, após a luta para entrar, desloco-me aos (pseudo) camarotes da imprensa e grito: “Ó Arlindo, manda aí a folha”. E recebo sempre a brilhante resposta: “Anda cá cima páh!!”.
Não conto isto por ter medo de subir aquelas escadas podres e íngremes que dão acesso à parte de cima para ir buscar a constituição das equipas, conto isto para os leitores poderem tirar as devidas ilações. É que parecendo que não, os pormenores fazem (e muito) a diferença.

Aquele abraço,
Makelele

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